Este será o 1° post do blog da askido e acredito que será tbm um dos mais importantes para todos os praticantes de tkd do brasil. Hoje ao assistir o canal sportv o apresentador disse que a CBTKD havia afastado o seu presidente, logo fui procurar a noticia na internet e encontrei o seguinte.
Fonte: TKD Livre.
Momento histórico vive o taekwondo nacional. Desde o dia 28 de setembro um brasileiro ocupa o cargo mais importante da modalidade. Carlos Fernandes assume por noventa dias a presidência da CBTKD. O atual presidente, Jung Roul Kim, foi afastado sob suspeita de gestão temerária aos cofres da entidade. Uma Assembléia extraordinária ocorrida no dia 28 último aprovou por 21 votos a 4 o afastamento do presidente. Uma Comissão de auditores foi instalada para analisar todas as contas da gestão atual.
Pelo que conhecemos, não vai ser preciso muito esforço para se descobrir que boa coisa o coreano não andava fazendo. E isso em pouco mais de um ano de gestão. Basta buscar, por exemplo, os extratos das contas ordinárias da CBTKD e os últimos registros de faixas pretas, sobretudo o dos alunos diretos e indiretos do presidente para se descobrir um rombo que o expurgará para sempre de uma casa para cujo comando nem ele nem YMKim nunca deveriam ter pisado e para a qual também nunca estiveram preparados. Ambos dispensaram consolidar, nesses 40 anos, uma história marcial de técnica e respeito perante centenas de discípulos, para se servirem da politicagem barata inerente ao poder que se consegue à frente de entidades de administração desportivas.
A coisa é mais séria do que se pode imaginar e não há mais espaço para contemporizações, doa a quem doer. O velho coreano vai passar por uma situação que jamais imaginou. E não foi por falta de aviso. Além de perder a receita, por meios de diversos exames de faixa que fazia por força do cargo, pode ser obrigado ainda a ressarcir os cofres da entidade se as suspeitas forem confirmadas. Sem falar de uma ação por danos morais que Carlos Fernandes poderá, se quiser mover contra eles.
A bola agora está com Carlos Fernandes. E ao que parece, com ele vai ficar até 2013. Há enormes desafios pela frente, em vista das demandas do calendário nacional e internacional.
Há coisas urgentes a se fazer, pensando numa retomada do taekwondo brasileiro para que a modalidade por aqui possa alcançar até 2016 o mesmo nível de desempenho de países como o México, República Dominicana e Cuba, isso para citar os que estão mais próximos. Carlinhos não pode deixar se iludir pelas seguidas medalhas de Natalia, pelos bons desempenhos de Márcio Wenceslau e Diogo Silva. Esses atletas já estão na estrada há muito tempo. É preciso traçar um planejamento para que a renovação ocorra. Todavia, sem fomento da modalidade, não há chance; pode esquecer...
A primeira medida, como não poderia deixar de ser, já ocorreu: a demissão do Diretor Técnico Flávio Bang, além da saída do Diretor Financeiro, Nilber José de Sousa, e do grupo de funcionários do presidente afastado (alunos, filha e etc.). Quanto ao Gerente de Esportes, Valdemir Medeiros, este ainda está por lá, mas já deveria ter ido também.
Quanto a questão da CBTKD com a LNT, o atual presidente precisa olhar o problema do alto e, em primeiro lugar, entender que não cabe no espírito olímpico deixar de fora atletas de taekwondo só porque fazem parte de uma outra entidade. Cada grupo que cuide de sua administração.
Todavia, o sonho olímpico precisa estar ao alcance de todos. Convenhamos, o universo de atletas de alto rendimento, tanto na LIGA quanto na CBTKD, é diminuto em vista do número de praticantes. Nem todos se aventuram em competições de alto nível.
Outro desafio importante e premente é o de acabar com o erro de blindagem de atletas. Esse formato de equipe para o ano todo já deu provas de seu retumbante fracasso. As Seletivas devem ser por equipes e não por federações e deve ocorrer na rabeta do calendário internacional como forma de selecionar os melhores atletas naquele momento próximo à competição. Os treinadores brasileiros vão agradecer e vão se motivar. É inconcebível vermos, por exemplo, Natália Falavigna lutar no Brasil somente uma vez por ano.
E por fim, Carlos Fernandes vai precisar se cercar de gente competente, cada qual em sua área, para não deixar que interesses particulares se sobreponham aos da CBTKD.
Com controle rígido das finanças, assessores competentes ao lado, um bom grupo de conselheiros, uma Comissão Técnica com visão holística do esporte, o fim da blindagem dos atletas, um Diretor de Artes Marciais que pense no fomento da modalidade, homens de marketing e comunicação, Carlos Fernandes tem tudo para entrar 2011 em quinta marcha.
Mas é preciso coragem e determinação e é isto que esperamos deste provável comandante da CBTKD.